quinta-feira, 5 de fevereiro de 2009


Não peças palavras
É voz o vento e o seu perdido rumo
O silêncio quebrou-se entre mitos
Onde quisemos apagar as nossas incertezas
Silêncio para a dor
para o amor e para a vida
A boca renega o que a razão não dita.
Só no silêncio o coração murmura
e deslisa a vida para o que a alma quer.
Abre em grandeza o mais pequeno gesto
Pagando dívidas de amor
E escorre o mais pequeno gesto
Para a grandeza
Em que o amor se tem.

E nasce na flor entreaberta
o pólen de todas as virtudes
Só no silêncio o amor desperta
E abraça a dor como um destino
de resignado pranto.

Só no silêncio a vida se descobre.

(Alexandre Dáskalos)

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