quarta-feira, 17 de junho de 2009


Poema

Tu fazes-me sorrir
quando me pedes um poema
e sem que te peça um tema
imploras que escreva ao meu sabor.
E eu deixo-me apanhar
nessa teia embrenhada no ar
imagino
a lágrima enxuta ao vapor
e a razão dessa louca exortação
onde consigo até chegar a tua dor.

E é nesse corpo exposto
que procuro a alma da tua poesia
para encontrar a palavra do teu próprio caminho.
Fico, neste instante, sozinho
deleitado com a alegria
das palavras que me trazem a fantasia
e é assim que escrevo o teu momento.
Nascem as palavras que em mim... onde hão-de fluir
desabrocham num teu beijo a ruir
para que o poema seja o nosso alimento.

(Paulo Afonso Ramos)

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