Uma voz chamou por mim.
Voltei-me.
Não era ninguém.
Ou talvez fosse aquela pedra com o sonho dentro
tão pisada na carne de ouvi-la gemer sempre.
Ou a nuvem azul da tua imagem
deitada na sombra de dormir a meus pés.
Ou tu talvez dentro de mim
a querer arrastar-me para a dimensão
do outro céu subterrâneo
com estrelas negras debaixo do chão.
Ouvi o meu nome.
Voltei-me.
Não era ninguém.
(Eras tu.)
O vento acariciou-me.
(José Gomes Ferreira)
As palavras, o desejo e vento....
ResponderEliminarExcelente poema