domingo, 23 de agosto de 2009



Acreditei no mar


Percorri a umbria de um eclipse
que nas vagas não reflectia

Apaguei os olhos e sorri com uma lágrima

Ao abrir , fitei o azul

o azul do céu , do mar e da lua

Ouvi então estremecerem as ondas
e a areia lacrimar.

Voltaram os raios lunares,
voltei ao luar da noite
húmida e fria
em que me movo
e te deito.

Minha gárgula de vida,
meu eterno mar.

(Nuno Travanca)

Sem comentários:

Enviar um comentário