sábado, 26 de setembro de 2009


Dás-me a lua

Empresto-te o meu sol e dás-me a lua
Esfarrapada a caneta ouve a tua voz
E desenho em letras o colorido do teu canto
E fica em mim a maré que a desnuda

Mastigo areia e água
Mar de algas, corais e foz
Manto, sangue e ossos silenciosos e sós
Magoada saudade sem mágoa

É assim a praia mar
Do meu seco peito
Réstea de luz, meu acordar

És tu a quem me vou agarrar
Paz, sono e meu leito
Meu espanto perfeito meu imperfeito amar.

(João Sevivas, in InterAmor)

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