Dás-me a lua
Empresto-te o meu sol e dás-me a lua
Esfarrapada a caneta ouve a tua voz
E desenho em letras o colorido do teu canto
E fica em mim a maré que a desnuda
Mastigo areia e água
Mar de algas, corais e foz
Manto, sangue e ossos silenciosos e sós
Magoada saudade sem mágoa
É assim a praia mar
Do meu seco peito
Réstea de luz, meu acordar
És tu a quem me vou agarrar
Paz, sono e meu leito
Meu espanto perfeito meu imperfeito amar.
(João Sevivas, in InterAmor)
Sem comentários:
Enviar um comentário