domingo, 22 de novembro de 2009

O Último Sonho

São lágrimas que escondo.
Escondendo assim o meu sentir.
Se o sol pudesse secar o meu rosto
se um outro sorriso pudesse soltar o meu
Não esconderia o sentimento desse contentamento.
Arado.
E na palavra estendida ao vento lançava o tormento.
Deixando-o fugir de mim...
Não. Nunca seria mais um abandonado
antes um louco, um descrépito, ou outro apaixonado
e no tropel
escreveria as confissões
de lustro, num mágico papel
escreveria as ambições, perdidas, no teu olhar
faria dessas folhas, as vontades, das alucinações
num quase tempo de amar
desse terno cinzel
com o qual esculpi
o meu desejo desenhado em ti.

Faria de ti
o meu último sonho.

(Paulo Afonso Ramos, in "Caminho da Vontade")

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