as cartas
escrevi as cartas.
invisíveis sentidos. fúteis. esquecidos.
não sei se, o bater do silêncio terá fim.
ou porque ainda te escrevo.
doem-me as mãos te tanto te escrever.
e de todos os dias te ver nos meus dias.
escrevi as cartas.
não as recebeste, bem sei.
mas enquanto o bater do silêncio não acabar,
sei apenas que todos os dias te escrevo,
para me doerem as mãos.
porque todos os dias eu sei,
que vou apenas escrevendo,
para ninguém…
E há um beijo frio, que me envolve.
No Mar, uma brisa cresce,
E dentro de mim,
O teu sorriso, desce,
Para eu morrer, lentamente algures no teu rosto.
E depois as palavras que me ensinaste.
São as que só sei escrever,
E que encontram dentro de mim o sonho…
(Pedro Lucas)
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