Dourados Outonais
O sol beijava o mar de luz e cor
Numa tarde de Setembro
Reluzente de bonança.
Enchi meus olhos de mar
Meu coração de paz e liberdade,
Enfeitando minha alma de esperança.
No horizonte esvoaçavam as gaivotas,
Quais querubins anunciando a quietude,
Soavam nítidos seus gorjeios soltos e leves,
Em melodias compassadas e tão breves.
Enquanto as ondas ensaiavam sua dança
O mar imenso, sorrateiro se agigantava e,
Em tons de verde e azuis de espuma,
Pincelava algas cinzentas,
Que disfarçadas, meio apressadas,
Nas suas águas se enrolavam.
(Dalila Moura Baião, in Varandas de Luar)
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