domingo, 10 de abril de 2011

Amalgama dolorosa

O azul do meu mar enegrece
A sombra do meu olhar acentua-se
De tristeza parida pelo tumulto do teu mar
Neste entardecer antecipado
A música da alma ecoa adocicando
O olhar marejado e carente de azul
Por lapsos de tempo intemporal
A alma navega sem quimeras
Ao sabor de rotinas pré existenciais
E o tempo não pára nem recua
Avança sempre implacável
Os sentires misturam-se
Numa amalgama dolorosa
De quereres impetuosos
Afagos, lágrimas, silêncios
Sussurros embargados
Pelo longínquo horizonte
Corpos cansados dispersos ameigados
Pela imensurabilidade universal
Persistente, sentida e presente … sempre

Este poema é sobre ti, beijinho azul!

(Liliana Jardim)

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