Resta-me… o tempo!
Ficaram tantas palavras
por dizer…
tantos gestos
por fazer…
agora que o tempo foge
agora que a distancia aumenta
o meu sorriso
esbate neste espaço circunscrito…
Já sabia,
que o tempo nos fugia
e que a tertúlia
um fim teria…
Resta-me um rio
onde posso mergulhar
no mundo do silêncio
resta-me a chuva
como uma lágrima
de quem chora…
resta-me a ponte
que nos separa
e nos junta.
Resta-me…
a palavra com que luto
e me defendo
restam-me…
as madrugadas
com que me invento
renovado,
na esperança
na ilusão
de ler
de escrever
as palavras que moldam
o meu
o teu
e o querer de alguém
instalado no coração
do tempo…
Já sabia,
que o tempo nos fugia…
(Paulo Afonso Ramos)
Nós somos o nosso tempo
ResponderEliminarBelo