domingo, 13 de setembro de 2009


Entardecer

Amanhecem em mim
todos os dias quentes
de um tempo que já vivi.

Em que virgem me fiz mulher,
mãe-menina de mil solidões,
embalada no sonho
que é a vida aos turbilhões.

Amanhecem em ti
gaivotas no olhar,
plenas de liberdade
voando em dias serenos
de marés azuis e corais floridos
de águas profundas
longe das multidões…
Entardecem em nós,
momentos fulgurantes
em esvoaçares constantes
de ave roçando o azul
do imenso infinito
onde a eterna melodia
tocará até ao nascer do dia.

E da janela da vida
o sol quente, suavemente...
num mar calmo de ilusões
Entardeceu…

(Otília Martel)

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