segunda-feira, 14 de junho de 2010

Poema demolido

Há uma lágrima no canto do olho
desse menino inocente
que entre silêncios respira
os desejos do amanhã
há uma lágrima tímida
que esconde as esperanças perdidas
nos dias que já morreram
há, nesse olhar enigmático, a dor
a dor de existir.

As imagens que se repetem
nas televisões do mundo
e que não trazem as poeiras
ou os cheiros das ruas
não mostram as tristezas
não contam as lágrimas perdidas
nas noites de sobressaltos.
Há histórias escondidas
de sorrisos e memórias esquecidas.

Mas em cada criança
há um poema que há-de surgir
e será a mais linda flor
que o mundo um dia viu florir!

Paulo Afonso Ramos

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