pescando na noite
na noite, do meu terraço
contemplando o espelho negro do mar imenso
eram cinquenta trémulas luzinhas
contei-as uma a uma de um só fôlego
uma luzinha um barco
um barco uns quantos homens
centenas de homens cercados pelo oceano
lançam intrépidos as suas redes
na esperança de alcançar a morte da fome
eu, afinal que sei eu
aprendiz de pescador de sonhos
lanço as minhas redes
na esperança de alcançar a morte da ignorância
(António Paiva)
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