Onde as palavras dos outros se reunem às nossas num espaço de silêncio e reflexão
domingo, 3 de janeiro de 2010
Poema ao meu Pai
Conheci o cheiro dos teus cabelos brancos,
embevecido pela sabedoria,
filha dos longos anos,
gerado pela pureza e pela beleza de cada dia,
de cada ano, que irradia a busca dos nossos planos.
Conheci tuas mãos que as minhas afagaram
de forma branda e de avisos serenos,
amenos de felicidade e de compreensão
assim como um poema ou uma canção.
Conheci o teu sorriso, o mais puro e verdadeiro,
sem metade, sem sombras, apenas único,
por inteiro, vindo da mente quente
de um ser querendo ser assim,
como o último, assim, como o primeiro.
Conheci neste pouco tempo o tudo de ti
em todos os momentos vividos e sentidos
na saudade que hoje choro e me faz sentir.
Na alegria por ter sido eu e ainda ser teu,
no prazer por ter a minha vida entrelaçada à tua
e na certeza crua de que não sou e não serei mais eu.
(José Ventura Filho)
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