o quanto te quero
invento o etéreo verbo
a palavra perfeita
na sintaxe de um poema,
farpado da alma a doer
como uma laçada feita ao peito
cordão de uma ponte só nossa,
suspensa
sobre um rio alucinado
que invadindo louco todas as margens
nos afoga a alma e nos afasta
Contendo-te...
de mergulhar na doçura dos meus olhos
Impedindo-me...
de te dizer o quanto te quero
(Maria João de Carvalho Martins, in "Do outro lado do espelho"
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