quinta-feira, 22 de outubro de 2020

O RANGER DE UMA SAUDADE

 Deitaste o meu corpo nas dunas, 
deixaste as palavras voarem com o vento.
Com cuidado retiraste o véu
feito com fios de lágrimas
que me cobre a alma... e sorriste.

Ousaste ver o brilho dos meus olhos.
Ousaste sentir o calor do meu corpo.
Deixaste versos espalhados na minha pele,
palavras de ternura nos meus lábios.
Deixaste a loucura no desejo de te ter...

Um sonho rendilhado de silêncios
que vai falando, baixinho... muito baixinho.

Ouve-se o ranger de uma saudade
que tenta crescer... alimentada por sussurros,
regada com ausências.
A terra é o sentimento que nos une.

(Vanda Paz, in Brisas do Mar)


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